Irmã Ângela Coelho acredita na conclusão do processo de Francisco e Jacinta em 2017
A postuladora da causa de canonização dos Beatos Francisco e Jacinta Marto admitiu hoje à Agência ECCLESIA que o Papa traga “novidades” sobre a canonização dos dois pastorinhos, durante a sua visita a Fátima.
“O Papa pode trazer novidades, eu não sei. De facto, o estudo do milagre prossegue, ainda não está concluído, falta ainda uma comissão analisar, caberá depois ao Santo Padre onde e quando quer anunciar e fazer a canonização”, assinalou a irmã Ângela Coelho.
“Eu tenho fortes esperanças e uma séria expectativa de que vá acontecer este ano, em 2017, a canonização do Francisco e da Jacinta. Será o Papa Francisco, de facto, a escolher quando anunciar e onde, e quando fazer”, disse ainda.
Em entrevista, a religiosa adiantou que o “presumível milagre” necessário para a canonização, após a beatificação de 13 de maio de 2010, “tem todas as condições” para ser validado.
“Por isso é que eu decidi começar a estudá-lo, porque acredito nele desde o princípio. Ou seja, quando tive acesso aos documentos, quando eles me chegam aqui à postulação, há quatro anos, os primeiros documentos, fui investigar, e pareceu-me que tinha condições para ser estudado, aprofundado”, explicou a postuladora da causa de canonização.
O estudo refere-se a uma cura de uma criança, natural do Brasil.
“É bonito por isto mesmo: duas crianças cuidam de uma criança”, referiu a irmã Ângela Coelho.
A responsável adianta que o estudo do milagre em Roma “está a correr bem” e que tudo foi feito, por parte da postulação, para que a canonização “fosse possível este ano”.
“Sim, espero que haja em 2017 algumas novidades acerca dos Pastorinhos, do Francisco e da Jacinta”, acrescenta.
A responsável recorda que o processo está atualmente nas mãos do Vaticano.
“As condições estão criadas, creio eu, e se a próxima comissão der o seu parecer positivo, as condições estão criadas para que o Santo Padre tome a decisão quando entender”, explicou.
A canonização de Francisco (1908-1919) e Jacinta Marto (1910-1920), beatificados a 13 de maio de 2000 pelo Papa João Paulo II, em Fátima, depende do reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão, após esta data.
A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
Francisco e Jacinta Marto, irmãos pastorinhos que, segundo o testemunho reconhecido pela Igreja Católica, presenciaram as aparições da Virgem Maria na Cova da Iria e arredores, entre maio e outubro de 1917, são os mais jovens beatos não-mártires da história da Igreja Católica.
Os trâmites processuais para o reconhecimento de um milagre, por parte do Papa, acontecem segundo normas estabelecidas em 1983.
A Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) promove uma consulta médica sobre a alegada cura, para saber se a mesma é inexplicável à luz da ciência atual, feita por peritos; o caso é depois submetido à avaliação de consultores teológicos e de uma sessão de cardeais e bispos.
A aprovação final depende do Papa, que detém a competência exclusiva de reconhecer uma cura como verdadeiro milagre.
LFS/LS/OC
Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/fatima-2017-postuladora-admite-que-papa-traga-novidades-sobre-canonizacao-dos-beatos-francisco-e-jacinta-marto/
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