terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Natal: Papa lembra crianças nos barcos de migrantes e nos subterrâneos das guerras

O Papa Francisco lembrou na homilia da Missa da Noite de Natal as crianças que “jazem nas miseráveis” no “abrigo subterrâneo para escapar aos bombardeamentos”, na “calçada de uma grande cidade” ou no “fundo de um barco sobrecarregado de migrantes”.
“Deixemo-nos interpelar pelo Menino na manjedoura, mas deixemo-nos interpelar também pelas crianças que, hoje, não são reclinadas num berço nem acariciadas pelo carinho de uma mãe e de um pai, mas jazem nas miseráveis ‘manjedouras de dignidade’”, afirmou Francisco na Basílica de São Pedro.
“Deixemo-nos interpelar pelas crianças que não se deixam nascer, as que choram porque ninguém lhes sacia a fome, aquelas que na mão não têm brinquedos, mas armas”, acrescentou o Papa na Missa que celebra o nascimento de Jesus.
Francisco disse que o Natal é um mistério de “luz e alegria” que “interpela e mexe” porque “é um mistério de esperança e simultaneamente de tristeza”.
O Natal “traz consigo um sabor de tristeza, já que o amor não é acolhido, a vida é descartada. Assim acontece a José e Maria, que encontraram as portas fechadas e puseram Jesus numa manjedoura, ‘por não haver lugar para eles na hospedaria’”, lembrou o Papa Francisco.
“Jesus nasce rejeitado por alguns e na indiferença da maioria. E a mesma indiferença pode reinar também hoje, quando o Natal se torna uma festa onde os protagonistas somos nós, em vez de ser Ele; quando as luzes do comércio põem na sombra a luz de Deus; quando nos afanamos com as prendas e ficamos insensíveis a quem está marginalizado”, sustentou o Papa
"O Natal está refém desta mundanidade e é preciso resgatá-lo", acrescentou.
Francisco disse que o Natal tem um “sabor de esperança” porque apesar das trevas “resplandece a luz de Deus”.
“O Menino que nasce interpela-nos: chama-nos a deixar as ilusões do efémero para ir ao essencial, renunciar às nossas pretensões insaciáveis, abandonar aquela perene insatisfação e a tristeza por algo que sempre nos faltará. Far-nos-á bem deixar estas coisas, para reencontrar na simplicidade de Deus-Menino a paz, a alegria, o sentido da vida”, acrescentou o Papa.
No dia 25 de dezembro, Solenidade do Natal do Senhor, Francisco dirige a mensagem e a bênção natalícia ‘Urbi et Orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], a partir das 12h00 locais, na varanda central da Basílica do Vaticano.

Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/natal-papa-lembra-criancas-nos-barcos-de-migrantes-e-nos-subterraneos-das-guerras/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Encerramento do Ano Catequético

 
O Ano Catequético na Paróquia São João Batista, em Rio das Pedras, em Jacarepaguá, foi encerrado no dia 26 de novembro, com missa presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta. Na homilia, o arcebispo lembrou aos catequistas sobre a importância da missão. Destacou que as crianças se empolgam durante as aulas de catequese, mas depois que crescem vai se apagando a chama inicial da fé. Portanto, a semente do Evangelho precisa ser bem plantada no coração das crianças.
“Louvamos a Deus por todos os catequistas. Eles têm a importante missão de colocar no coração das pessoas as convicções acerca do encontro com Jesus Cristo. São eles que capacitam para qualquer situação de questionamentos e perversidade futura, para que nos momentos mais difíceis, as pessoas saibam dizer as razões da sua fé e permaneçam firmes”, disse o cardeal.
Dom Orani falou ainda sobre os desafios de ser cristão e catequista nos tempos atuais, em que a internet e as tantas informações que chegam até as pessoas muitas vezes acabam por abalar a fé.
“É preciso cuidado, diante de situações que se apresentam ao longo da vida,  para não desanimar e perder a alegria de ser cristãos”, alertou. Para incentivar, o arcebispo convidou a todos a seguirem o exemplo da Serva de Deus Odette Vidal Cardoso, que viveu entre os cariocas e mesmo em sua inocência de criança foi sempre fiel a Deus.

Missão
A celebração também marcou o encerramento da missão na comunidade Rio das Pedras, ocorrida nos dias 22 e 23 de outubro. O tema foi o “Cuidado da casa comum”, que vem sendo incentivado pelo Papa Francisco desde o lançamento de sua primeira encíclica, a “Laudato Sí”.
Segundo o pároco, padre Marcos Vinício Miranda Vieira, as missões acontecem em Rio das Pedras desde 2011, quando foi fundado o Conselho Missionário Paroquial (Comip) na paróquia.
“A missão foi se expandindo ao longo do tempo. Pouco a pouco, essa dinâmica missionária envolvendo as pastorais e movimentos foi crescendo. Hoje sentimos que temos uma paróquia missionária. Esse ano, ainda calhou de nossa missão acontecer no mês de outubro, que é quando se celebra o Dia Mundial das Missões”, contou o pároco.
As missões acontecem mensalmente em pequena escala. Duas vezes por ano acontecem as grandes missões. A de outubro deste ano foi uma das grandes, que contou com a participação de cerca de 200 missionários.
“Estamos desenvolvendo a consciência de uma Igreja em saída, em missão, desde a catequese, envolvendo as crianças e adolescentes nesta perspectiva de uma Igreja que vai ao encontro das várias realidades que existem”, explicou o sacerdote.

Catequese
Segundo a coordenadora da Catequese Infantil, Márcia de Almeida Galdino, são 1,5 mil os inscritos na catequese, sendo quase mil da catequese infantil.
“Eu fui fazer catequese quando já tinha 30 anos. Sempre que os catequistas me falavam sobre a possibilidade de sermos catequistas, meu coração batia forte. Eu já sentia um chamado. Assim que fiz a Primeira Comunhão procurei a Catequese Infantil para me inscrever como orientadora. Um ano depois me tornei coordenadora”, contou Márcia.
Segundo ela, a parte mais interessante do trabalho é ver o amadurecimento das crianças, que muitas vezes chegam sem saber fazer o sinal da cruz. Ela contou ainda que a procura maior após o término das aulas é pelo curso de coroinhas, e que alguns já se engajam em algumas pastorais. “Os que se dispersam”, explicou ela, “muitas vezes o fazem por causa da família, não por conta própria”.
Para Maria José da Silva, catequista na paróquia há dez anos, a catequese é extremamente importante para iniciar a criança nos ritos da Igreja. Muitas vezes, segundo ela, essas crianças acabam por serem evangelizadoras e levam os pais para o convívio pastoral.
“É fundamental o que fazemos aqui! Todo ano abrimos 70 vagas para a catequese adulta e no mesmo dia preenchemos todas”, pontuou a catequista.
Após a celebração, Dom Orani foi conhecer o terreno onde será construído uma nova capela, dedicada a São Jorge.



Fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/5225/encerramento-do-ano-catequetico


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Papa Francisco explica o que fazer ante o sofrimento das crianças

“Por que as crianças sofrem?”, perguntou-se o Papa Francisco ante centenas de médicos, enfermeiras, administradores, pacientes e familiares no Hospital Pediátrico ‘Bambino Gesú’, em Roma, durante uma audiência.
“Não há resposta para essa pergunta. Apenas devemos olhar para o crucifixo e deixar que Jesus nos dê a resposta”.
Rodeado de um grupo de meninos e meninas – pacientes e irmãos dos pacientes do hospital –, o Santo Padre indicou que “nem mesmo Jesus deu uma resposta” para esta pergunta. “Vivendo em meio a nós, não nos explicou por que sofremos”.
Entretanto, disse o Papa, Jesus “nos demonstrou o caminho para dar sentido também a esta experiência humana: não explicou porque se sofre, mas, suportando com amor o sofrimento, nos mostrou por quem se oferece. Não porque, mas por quem”.
“Por que as crianças sofrem?”, insistiu novamente Francisco. “É uma das perguntas abertas de nossa existência. Não sabemos. Deus é injusto? Sim, foi injusto com o seu Filho, o levou à cruz. Mas é nossa existência humana, é a nossa carne que sofre nessas crianças. E quando a pessoa sofre, não fala: chora e reza em silêncio”.
O Pontífice reconheceu que “é muito difícil acompanhar uma criança que sofre” e, nesse sentido, dirigiu palavras de reconhecimento e agradecimento às enfermeiras e aos enfermeiros pelo trabalho que realizam.
“São eles que permanecem mais próximos aos que sofrem, são eles que compreendem os que sofrem. Sabem como coexistir com o sofrimento, como acompanhar com ternura. As enfermeiras e os enfermeiros têm uma qualidade especial para acompanhar e para curar. Isso é importante”.

A esperança
O Santo Padre destacou também a importância da esperança no processo de cura de um doente, mas também na vida de todas as pessoas.
Essa esperança é algo que podemos aprender das crianças por meio da gratidão. “O descobrimento diário do valor da gratidão, aprender a dizer ‘obrigado’. Ensinamos isto às crianças e depois, nós adultos, não fazemos”.
“Mas dizer obrigado, simplesmente porque estamos diante de uma pessoa, é um remédio contra o esfriamento da esperança, que é uma doença contagiosa feia. Dizer obrigado alimenta a esperança, aquela esperança na qual, como disse São Paulo, estamos salvos”.
“A esperança – afirmou Francisco – é a gasolina da vida cristã, sem a qual não podemos funcionar. É o combustível que nos faz seguir em frente a cada dia. Portanto, é lindo viver como pessoas agradecidas, como crianças felizes, pequenas, simples e alegres de Deus”.
Por outro lado, o Papa Francisco denunciou a corrupção que em certas ocasiões afeta os hospitais. Também repreendeu atitudes anteriores do Hospital ‘Bambino Gesú’, cuja história “nem sempre foi boa. Muitas vezes sim, mas houve ocasiões nas quais não foi boa. A tentação de avançar para a uniformidade, de transformar algo muito bonito, como é um hospital infantil, em um negócio no qual os médicos e as enfermeiras fossem fontes de dinheiro”.
“Um hospital deve ter medo da corrupção”, insistiu.
“O câncer mais grave de um hospital como este é a corrupção. E a corrupção não surge de um dia para o outro. Chega pouco a pouco. Neste mundo onde há tantos problemas de saúde, enganam tantas pessoas com a indústria da doença”.
Como remédio contra a corrupção, o Pontífice afirmou que “devemos olhar para as crianças. As crianças não são corruptas. Deve tentar encontrar neles o sinal de identidade do hospital. O Hospital ‘Bambino Gesú’ deve aprender a dizer ‘não’ à corrupção. Pecadores, sim, todos nós somos. Mas corruptos, nunca”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-explica-o-que-fazer-ante-o-sofrimento-das-criancas-45998/

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Retiro das crianças da Paróquia Nossa Senhora da Consolata

O Retiro foi realizado na Ilha do Bom Jesus da Coluna, localizada no território da Ilha do Fundão.
Participaram 101 crianças da Paróquia Nossa Senhora da Consolata (Benfica) e das capelas pertencentes.
Amanhã, 03/12, será a 1ª comunhão.