Caridade, fé e, acima de tudo, o amor a Deus.
Essas são características que marcaram a vida de Odette Vidal de Oliveira, a
Odetinha, e que agora se tornarão conhecidas pelos fiéis através da biografia
preliminar “Odetinha – Lírio de caridade em missão”, escrita pelo padre José
Cláudio Loureiro do Nascimento, pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em
Niterói, e que também é historiador crítico da Comissão para a Causa dos Santos
na Arquidiocese do Rio de Janeiro.
O lançamento do livro acontecerá na Basílica
Imaculada Conceição, em Botafogo – onde Odetinha participava de missas junto
com seus pais, no dia 25 de novembro – data que marca os 78 anos de falecimento
da Serva de Deus –, às 16h.
De acordo com o delegado arquidiocesano para
a Causa dos Santos, Dom Roberto Lopes, o ponto de partida para a biografia se
deu a partir de um livro escrito pelo padre Afonso Maria Germe, que foi
confessor de Odetinha.
Dom Roberto também destacou o processo para a
publicação da biografia. “O padre João Cláudio pesquisou durante quatro anos a
vida da menina, e escreveu a obra em forma de diálogo. O livro é uma
pré-biografia mais atual a respeito de Odetinha, mas que traz, também,
testemunhos de pessoas que frequentavam o Cemitério São João Batista, em
Botafogo, que hoje costumam ir à Basílica Imaculada Conceição, onde estão seus
restos mortais. Na realidade, a publicação desperta para o conhecimento sobre
quem foi a Serva de Deus”, relatou.
O processo de beatificação teve início
porque, no dia de sua morte, foi reconhecido tudo o que ela construiu desde os
4 anos de idade.
Nesse período, sua vida espiritual era muito
presente. Ela teve a intuição de perceber que tinha condições financeiras e que
poderia doar aos mais necessitados.
Nascida em Madureira, em 15 de setembro de
1930, Odetinha mudou-se com os pais para o bairro de Botafogo. Sendo o pai um
grande comerciante no ramo de carnes, a família vivia numa região onde havia
pessoas com condições econômicas muito grandes.
Segundo Dom Roberto, foi justamente em
Botafogo que o aspecto da caridade despertou na alma da menina. “Ela levou os
pais a uma vida caritativa. Os relacionamentos com os governos do Estado e
também da Igreja eram muito fortes, uma vez que eram junto a pessoas
influentes. Todo sábado era feito um almoço para os irmãos em situação de rua.
Ela sabia que tinha condições financeiras e que poderia doar aos asilos e
creches que visitava. Odetinha sempre cobrava da família retorno financeiro
para obras de caridade”, comentou.
Ainda de acordo com Dom Roberto, “o processo
de beatificação teve início porque, no dia de sua morte, foi reconhecido tudo o
que ela construiu, praticamente, desde os 4 anos de idade. Ainda nesse período,
a vida espiritual de Odetinha era muito presente, com testemunhos não só na
paróquia, mas também no Colégio Sion, onde estudava”, ressaltou.
Dom Roberto também afirmou que o processo de
beatificação ainda segue no Vaticano e que o principal documento, a positio,
está preparado, aguardando a revisão. “O documento ainda passará por um
relator. Se aprovado, será editado. Em breve, o Cardeal Orani João Tempesta
entrará com pedido de reconhecimento das virtudes heroicas de Odetinha”, disse.
Além disso, o consultor histórico da
Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano, Gaetano Passarelli –
responsável por escrever os currículos dos santos, publicará, até o segundo
semestre de 2018, biografia oficial sobre a Serva de Deus Odetinha.
Fonte:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/6324/serva-de-deus-odetinha-ganha-biografia
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