É um período original, fase de transição entre criança e adolescente. Há uma ruptura do círculo infantil, um vai e vem entre os interesses próprios da infância e da adolescência e busca de uma personalidade nova, mas num nível exterior e sensível. Vejamos, portanto, algumas características desta fase:
1. O pré-adolescente se afirma, opondo-se (fase de oposição):
• a oposição pode ser violenta e exterior: algazarra, originalidade e crítica;
• não convém ao educador dobrá-los à força mas procurar orientá-los e motivá-los.
• formam grupos unidos na camaradagem que ainda não é amizade.
O pré-adolescente não se satisfaz com o mundo da criança e procura tudo que lhe permita entrar no mundo dos adultos. Procura nos adultos atitudes exteriores que possa imitar. Os valores que atraem são diferentes para os dois sexos:
• meninos - valores de ação exterior: coragem, força, trabalho, gosto da criação;
• meninas - amor, sentimento, o dom de si, o devotamento ao próximo.
A revolução fisiológica da puberdade faz com que desperte neles um interesse marcante por tudo o que diz
respeito ao corpo e aos problemas da vida.
C- Personalidade com sonhos de grandeza
Essa idade é muito idealista:
• fervor imaginativo e heróico; ação entusiasta, mas pouco perseverante.
Os pré-adolescentes são capazes de grandes projetos, mas nem sempre os realizam e tendem a desanimar por causa disso. O educador deve sustentar seus esforços de generosidade e de dedicação, tornando-os confiantes, apesar dos fracassos. Essa necessidade de beleza moral e de grandeza, faz com que o pré-adolescente seja muito sensível aos exemplos do herói. O educador conseguirá tanto mais êxito quanto mais ele mesmo encarnar, para os pré-adolescentes, esse impulso para uma vida maior, mais intensa. O testemunho do educador da fé, seu exemplo de vida, é mais importante do que seus conselhos, proibições, etc. Deve ser uma pessoa que saiba atrair para Cristo.
2 - CONSCIÊNCIA MORAL E RELIGIOSA
A - Moral
1. semelhante à etapa dos 9 aos 12 anos - é a idade da lei, casuística e moralizadora.
2. sente, entretanto, necessidade de uma liberdade moral: recusa uma lei imposta de fora.
B - Religiosa
• orienta-se para um Deus mais pessoal;
• procura certa eficácia na Religião;
• nem sempre gosta de participar de atos litúrgicos.
3 – A EDUCAÇÃO DA FÉ
1. O ensino religioso deve se basear numa preocupação doutrinal sólida e clara pois esta idade é exigente do ponto de vista intelectual.
2. O catequista deve levar o adolescente a unir suas descobertas com a mensagem cristã - ter uma visão cristã da vida.
3. Procuremos educar-lhe a liberdade nascente. “A liberdade do homem encontra a sua verdadeira e plena realização na aceitação da lei moral dada por Deus.” (V.S. 35).
Alguns caminhos possíveis
A- Conteúdo mais explicitamente doutrinal.
• Cristo revelando a grandeza de Deus e também a do homem.
• Cristo ensinando a verdadeira liberdade.
B- Linha histórica - Heróis do Antigo e Novo Testamento e outros heróis da Fé.
C- Temas da atualidade
-> Aproveitar acontecimentos da vida real e confrontar com a mensagem cristã.
“A criação de um ambiente educativo da fé é uma exigência não só metodológica, mas de conteúdo, especialmente em se tratando de crianças e jovens. Eles necessitam de apoio, acolhida, alegria, presença fraterna de educadores adultos, além de um mínimo de estruturação de suas atividades.” (CR - 137)
4 - PROCESSOS PEDAGÓGICOS
Faz-se necessário um novo estilo: sério, alegre sem ser vulgar, provocativo para o Transcendente, para o desejo de ultrapassar-se na busca da Verdade, da Ideal e da Vida.
1. Novo ritmo de palestra: diálogo orientado pelo educador; proporcionar descobertas em vez de transmiti-las.
2. Atividades que respondam a sua curiosidade intelectual e necessidade de atividade.
Sugestões
-> visitas, entrevistas;
-> utilização de filmes; músicas; poesias
-> testemunhos de cristãos atuantes
-> painéis, álbuns coletivos;
-> trabalhos de pesquisa partindo sempre de documentação.
“O grupo tem uma importante função nos processos de desenvolvimento das pessoas. Isto vale também tanto para a catequese das crianças, favorecendo a boa socialização das mesmas, quanto para a catequese dos jovens, para os quais o grupo constitui uma necessidade vital na formação da sua personalidade, e até mesmo para os adultos entre os quais se promove um estilo de diálogo, de compartilha e de co-responsabilidade cristã. (...) Além de ser um fator didático, o grupo cristão é chamada a ser experiência de comunidade e forma de participação à vida eclesial, encontrando na mais ampla comunidade eucarística, a sua meta e a sua plena manifestação. Jesus disse: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles ”(Mt 18,20) – (DGC 159).
Nossa, muito bom esse material sobre psicopedagogia das idades, ajuda e muito.
ResponderExcluiroii me chamo mayana tenho 14 anos eu amei esse assunto sobre psicopedadagogia.. escrevam mais sobre estas coisas que eu gosto muito de ouvir e aprender bjos
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